
Por Matheus Tavares
O Ministério da Saúde apresentou um plano de afrouxamento de medidas do isolamento social em regiões onde o sistema de saúde instalado não estiver sobrecarregado devido à pandemia do novo coronavírus. Com isso, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e o Distrito Federal estariam de fora, já que estão em situação de emergência.
Atualmente, o Brasil está passando por um distanciamento social amplo, aquele que consiste no isolamento de todos os setores da sociedade, que devem ficar em casa para restringir ao máximo o contato entre as pessoas. O presidente Jair Bolsonaro defende o distanciamento vertical, também chamado de seletivo. Nesta estratégia, apenas os grupos que apresentam maiores riscos de desenvolver a covid-19, como os idosos e as pessoas com doenças preexistentes, ficariam isolados.
Desde o surgimento dos primeiros casos na China, em dezembro, milhares de pessoas morreram ao redor do mundo pela covid-19.
22.625
casos de covid-19 haviam sido confirmados no Brasil até 12 de abril de 2020.
1.265
mortes em decorrência do vírus haviam sido registradas até 12 de abril de 2020.
A situação europeia e a italiana, em particular, serviram de exemplo para que tivéssemos tempo de traçar planos e executar ações realmente eficazes de retardar a velocidade de propagação do vírus. O isolamento foi, sem dúvidas, a principal medida.
Por isso, o Dicotomia conversou com o Ronald Kleinsorge, que é Infectologista e Diretor Clínico do HU/UFJF, para analisar a medida de transição do isolamento social amplo para seletivo. Ouça abaixo:
Como você avalia o plano do Ministério da Saúde para o relaxamento de medidas de isolamento social em estados e cidades onde o sistema de saúde instalado não estiver sobrecarregado devido à pandemia do novo coronavírus?
Quando poderia ocorrer essa transição? Como?
Deveria ser de forma gradativa?
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